A Ponte de Brooklyn não é apenas uma maravilha da engenharia do século XIX, é uma parada obrigatória quando se visita Nova York.
A ponte foi construída para evitar os problemas que provocava cruzar de barco quando o rio estava congelado. Nesta época, o Brooklyn e Manhattan ainda eram cidades independentes.
Desde a sua construção, muita gente quis pular da ponte, seja por apostas feitas ou por conseguir algo que consideravam impossível. A primeira pessoa que pulou e sobreviveu foi Clara McArthur em 1895.
Inaugurada em 24 de maio de 1883, a Ponte do Brooklyn foi a primeira travessia fixa do East River. Foi também a ponte suspensa mais longa do mundo na época de sua abertura, com um vão principal de 1.595,5 pés (486,3 m) e um convés de 127 pés (38,7 m) acima da maré alta média.
14 anos de construção e 600 trabalhadores
Depois de 14 anos de uma construção que custou 15 milhões de dólares, a Ponte de Brooklyn foi aberta em 1883, o que fez Manhattan e Brooklyn finalmente se conectarem. Foram necessários 600 operários para transformar 6740 toneladas de material na maravilha icônica da revolução industrial. O suporte da ponte é feito por quatro cabos, cada um com 3578 pés (1090 metros) de comprimento, 15.5 polegadas (40 cm) de espessura e composta de 21.000 fios individuais.
A Pioneira
A Ponte de Brooklyn foi a primeira ponte suspensa por cabos de aço, e na época em que foi construída, seus 1595 pés (486 metros) de extensão fizeram dela a maior ponte suspensa do mundo. Em 1903, a vizinha Williamsburg Bridge quebrou o recorde por 4,5 pés.
Assolada por Tragédias
A construção da ponte de Brooklyn teve seu preço, não há números exatos, mas pelo menos 20 pessoas morreram construindo a obra arquitetônica. Começou com o criador, John A. Roebling, que teve o pé esmagado e o levou a amputar os dedos, o que mais tarde o fez morrer de tétano. Inúmeros trabalhadores caíram da ponte, foram atingidos por destroços ou tiveram a doença descompressiva – uma doença contraída por conta da redução da pressão do ar, responsável por paralizar trabalhadores, inclusive Washington Roebling, o filho do criador da ponte.
Emily salvou o dia
Washington, que ficou no comando depois que seu pai morreu, estava de cama devido à sua doença e teve que continuar a construção sem estar presente na obra. Isso foi possível porque ele tinha uma excelente esposa, Emily Warren Roebling, que acabou sendo a assistente-chefe perfeita e praticamente assumiu tudo o que Washington não pode fazer durante os restantes 11 anos de construção. Por conta de Emily ter sido o elemento fundamental da contrução da Ponte de Brooklyn, ela foi a primeira pessoa a cruzar a ponte no dia de sua inauguração.
A Escolha do Nome
A ponte foi inicialmente chamada de Ponte de Nova York e Brooklyn, depois se tornou Ponte East River até receber o nome oficial de Brooklyn Bridge em 1915.
Outra Tragédia
Logo que a ponte foi aberta, as mortes trágicas não pararam: No Memorial Day de 1883, uma mulher ficou com o salto de seu calçado preso nas tábuas da passagem de pedestres – ela começou a gritar, levando as pessoas ao redor a acreditar que a ponte estava prestes a ruir. O pânico seguiu e 12 pessoas foram pisoteadas até a morte, enquanto muitas outras ficaram feridas.
21 Elefantes que atravessaram a Ponte
O incidente da correria fez as pessoas ficarem inseguras e havia apenas uma solução para garantir ao público que a ponte de Brooklyn não entraria em colapso: Em 1884, Jumbo, um elefante de 7 toneladas, e seus 20 amigos elefantes deixaram suas tendas no circo e foram para uma caminhada casual de Brooklyn a Manhattan. O desfile da travessia da ponte de Brooklyn foi como uma caminhada proverbial no parque – as pessoas estavam felizes, os elefantes tiveram muita história para contar, e o circo teve um truque promocional para toda a vida.
100.000 Carros e 4.000 Pedrestres
A ponte de Brooklyn é um local bem cheio, e mais de 100.000 veículos a atravessam todos os dias. Sendo a ponte uma das fotos mais legais de Nova York, vamos somar 4000 pedestres e umas 2600 bicicletas ao tráfego diário.
Tesouros Escondidos
Dentro da base da ponte, no lado que pertence a Brooklyn, o plano original incluía uma galeria comercial, a Brooklyn Bridge Anchorage. Isso não deu muito certo e o espaço acabou sendo utilizado por várias exibições de arte antes de ser fechado, em 2001, por razões de segurança. Logo abaixo do espaço da galeria há abóbodas que antes eram alugadas como estoque para vinho e champanhe e ajudou a financiar a ponte. Em 2006, trabalhadores da cidade descobriram um abrigo da Guerra Fria em uma das abóbadas no lado pertencente a Manhattan – abastecido com suprimentos médicos, cobertores e mais de 300 mil pacotes de biscoitos (vencidos, claro).
Moradores da Ponte do Brooklyn
E agora é a hora de conhecer os moradores da Brooklyn Bridge: os falcões peregrinos, que regularmente usam as duas torres como locais para ninhos, vamos chamar de quarto com uma bela vista. Os visitantes de sorte podem observar o ir e vir dos pássaros, então fique de olho enquanto tira selfies!