Sabe aqueles prédios com arquiteturas diferente que viram ponto turístico de uma cidade? O Flatiron Building é mais ou menos isso.

Inaugurado em 1902, o prédio é um dos mais antigos de Nova York e tem 87 metros, com 22 andares. Quando inaugurado, foi um dos prédios mais altos do mundo. O bairro em torno do edifício foi chamado de Distrito Flatiron (Flatiron District) após a sua construção.

O Flatiron Building, originalmente Fuller Building, foi um dos primeiros arranha-céus construídos em Nova Iorque, Estados Unidos, e tem esse nome por ter a forma semelhante de um ferro de passar roupas.

Seu nome engraçado foi inspirado na sua arquitetura que é muito parecida com um ferro de passar roupa – Flatiron (flat iron = ferro de passar).

O nome ‘Flatiron’ veio da palavra ‘iron’, ou ‘ferro de passar’ em inglês. O prédio foi batizado assim porque o terreno onde foi construído tinha, justamente, esse formato, estreito e fino. Um dos vértices tem, inclusive, um ângulo de vinte e cinco graus.

Burnham explorou essa implantação para a criação do volume do edifício. Inevitavelmente, dois dos três lados do edifício convergem em uma curva de apenas dois metros de largura, formando um túnel de vento aerodinâmico ao seu redor.

Infelizmente, não é possível entrar no prédio para visitação, porque os andares são salas comerciais.

Arquitetura

O Flatiron Building foi desenhado pelo arquiteto e urbanista Daniel Burnham no estilo Beaux-Arts. Como uma coluna grega clássica, a sua fachada de calcário e terracota é dividida em base, fuste e capitel. 

O Flatiron Building não foi o primeiro edifício do seu tipo: exemplos proeminentes incluem o Edifício Gooderham de Toronto, construído em 1892 e o English-American Building em 1897 na cidade de Atlanta, embora estes sejam menores do que sua contraparte em Nova York.

A construção do Flatiron Building

O Flatiron Building começou a ser construído em 1901, período da era industrial em que muitos arranha-céus começavam a ser erguidos em Nova York.  Esse prédio foi uma encomenda do promotor George A. Fuller, que tinha como objetivo fazer desse a sede da sua empresa, a Fuller Construction Company. Ele designou o trabalho de projetar o edifício ao brilhante arquiteto Daniel Burnham, da Daniel H. Burnham & Company – responsável por projetos de edifícios famosos em Washington e Londres.

Na verdade, o esforço de Fuller foi muito além do esperado. O desenvolvimento de arranha-céus em Nova York sempre foi especulativo e, naquele momento, a intenção dos governantes era atrair empresas financeiras e comerciais para alugarem escritórios na região. Isso era incomum na época, mesmo sendo na Wall Street, pois esse era um antigo bairro residencial que ganhava nova orientação, um ideia aceita com bastante resistência pela sociedade.

O esqueleto metálico

A estrutura do Flatiron Building possui cerca de três mil e quinhentas toneladas de aço. Esse sistema estrutural foi adotado primeiramente por Chicago, depois de um incidente que quase a destruiu, em 1871. Nos anos seguintes, os estudos de reconstrução para a cidade inspiraram a World Columbian Exposition e também, consequentemente, a construção de arranha-céus em outras capitais de vanguarda, como Nova York.

Com o aço – material imensamente forte – podiam-se montar, muito mais rapidamente, estruturas para edifícios altos. As paredes exteriores, das fachadas, não suportariam cargas. Portanto, poderiam ser preenchidas com janelas de dimensões maiores que o convencional. Esse sistema foi denominado como “parede-cortina”. Foi apenas um dos inúmeros avanços tecnológicos da época, ao lado das ferramentas elétricas, do elevador de Elisha Otis e outros.

Para o projeto do Flatiron Building, Daniel se inspirou na bela arquitetura clássica grega, combinada ao renascentismo francês e italiano e às novas técnicas modernas. As três fachadas foram divididas em base – com sólido aspecto do calcário nos andares inferiores; corpo e coroamento – com um belo tom terracota no restante. Tudo foi ricamente ornamentado com desenhos e motivos que lembram os estilos decorativos de referência, reforçando sua beleza e simbólica força visual.

Por dentro do Flatiron Building

A planta baixa do andar modelo do Flatiron Building, elaborada por Daniel Burnham, previa uma divisão espacial de paredes oblíquas, contendo vinte pequenos escritórios com portas comunicantes. Esses ambientes são muito difíceis de serem mobiliados com peças modernas. Os de canto são ainda mais estreitos, mas têm uma bela visão panorâmica para o Midtown Manhattan. E há somente um banheiro em cada andar, utilizados exclusivamente por homens ou por mulheres.

Até hoje, o Flatiron Building ainda é um prédio de escritórios. Em todos esses anos, a alteração mais significante realizada foi a troca dos velhos elevadores, que funcionavam com pressão de água e eram lentos. Diferente do Empire State ou do Rockfeller Plaza, esse edifício não está aberto ao público. O visitante pode acessar apenas o saguão de entrada. Nele, há quadros com fotografias históricas, que contam um pouco sobre a construção do prédio. Lá dentro, também se tem uma boa amostra da estrutura e decoração que compõem seus interiores.

Como Chegar:

Endereço:

175 5th Ave – New York

Como chegar:

A estação mais próxima é a 23 Street Station.

Linhas N, Q e R – Amarela

Linhas 4, 5 e 6 – Verde

Linhas F e M – Laranja

BY:

photovanessacarvalho@gmail.com

Jornalista, fotografa brasileira em Nova York e autora do Blog Nova York. Vanessa Carvalho é apaixonada pela vida e pela cidade de Nova York, realiza muitas pesquisas para proporcionar...

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